3.23.2010

Camões 3D – teste de imagem anaglífica

 

Para ver esta imagem em 3D pode sempre pedir uns óculos na loja MEO das Picoas.

Método Anaglífico

É possível considerar-se também o método anaglífico como uma possibilidade de produção de imagens videográficas estereoscópicas. Para isso, procede-se da mesma forma descrita acima até a criação de um Video Estereoscópico Campo-Sequencial. A única diferença é que são aplicados filtros digitais de cores para cada lado.

Na imagem do lado esquerdo descartam-se os canais Verde e Vermelho da composição do arquivo digital RGB (Vermelho, Azul e Verde), de modo que reste apenas o canal vermelho.Da imagem do lado direito é excluido apenas o canal vermelho de modo que a cor ciano ( verde e azul) permaneça.

O monitor exibirá assim um sinal de vídeo campo-sequencial cujo campo referente ao lado esquerdo tenha somente vermelho enquanto que o campo referente ao lado direito tenha somente a cor ciano. A visualização é feita utilizando-se um óculos anaglífico com as respectivas cores em cada olho. Este método pode ser denominado como Vídeo Estereoscópico Anaglífico Campo-Sequencial.

É possível ainda a configuração uma imagem videográfica anaglífica sem a intermediação do processo campo-sequencial. Neste caso é produzida uma imagem na qual são misturados os dois canais de cores: este método é denominado como Vídeo Estereoscópico Anaglífico Progressivo.

Este último processo enfrenta problemas de ordem técnica em função dos métodos de compressão de dados utilizados na codificação dos arquivos de vídeo nos sistemas digitais. O problema que se coloca é o fato de que os processos de compressão de dados para as imagens progressivas podem degradar as relações de cores existentes nas imagens anaglíficas o que destrói a estereoscopia dessas imagens, isso ocorre tanto no formato de vídeo “AVI ” (arquivo de vídeo do sistema Microsoft) como no formato “MPEG” (Motion Picture Expert Group), amplamente utilizados nos DVDs.

Assim, o método de produção do Vídeo Anaglífico Campo-Sequencial parece ser, até agora, a melhor forma de se tratar o vídeo estereoscópico para exibição em aparelhos de TV do tipo CRT. É importante ressaltar que novos aparelhos de vídeo com imagem progressiva, podem destruir a estereoscopia, inclusive dos vídeos com imagens campo-sequenciais.

Percebe-se portanto que o desenvolvimento tecnológico pode não contribuir totalmente para o desenvolvimento de uma TV estereoscópica.