12.01.2008

1 (de 365 dias) de Dezembro

 

Portugueses continuam mal informados sobre o virus HIV/Sida

Hoje às 10:46

Apesar de todas as campanhas, a sociedade portuguesa continua mal informada sobre a HIV/Sida. A conclusão é de um estudo da Universidade Católica divulgado, este domingo, dia mundial em que se assinala a luta contra a Sida.

A investigação da Universidade Católica refere que para além de não conhecerem os riscos da SIDA, são muitos os portugueses que recusam fazer a despistagem da doença.

Metade dos inquiridos tem vergonha de fazer os testes de diagnóstico à Sida. Em 80 por cento dos entrevistados, a doença é associada ao medo, muitos preferem não ir ao médico por temerem ser confrontados com eventuais resultados positivos.

A Sida é considerada a segunda doença mais problemática, a seguir ao cancro, mas a maioria dos portugueses desconhece quais os principais comportamentos de risco.

Muitos associam as relações sexuais sem preservativo ao risco de contrair a doença, mas apenas 14 por cento referem as relações com vários parceiros, como um comportamento a evitar.

A esmagadora maioria, 93 por cento, considera ainda que os doentes com Sida continuam a ser discriminados. Alguns entendem mesmo, que os seropositivos são o grupo mais discriminado em Portugal.

Já na luta contra a doença, os entrevistados destacam o empenho das áreas ligadas à saúde, investigação e solidariedade social, em sentido contrário a atitude do Estado, dos líderes de opinião, da Igreja e dos empregadores é vista com desconfiança.

O estudo com 603 entrevistados do instituto da Ciências da Saúde, da Universidade Católica, mostra ainda que um em cada três portugueses conhece um doente seropositivo.

Nos últimos 25 anos e de acordo com casos notificados, o virús HIV/Sida já infectou mais de 33 mil portugueses.  in Sapo-TSF

Sida: Testes gratuitos para todos os utentes do SNS in Diario Digital

A ministra da Saúde, Ana Jorge, anunciou hoje na Amadora que os testes da Sida (VIH1 e VIH2) vão passar a ser gratuitos para todos os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em Portugal realizam-se já cerca de um milhão de testes por ano.

Ana Jorge anunciou também o reforço da capacidade de diagnóstico precoce do vírus, particularmente junto dos grupos mais vulneráveis.

Para tal, revelou a ministra, vão ser disponibilizadas cinco unidades móveis - uma por cada administração regional de saúde -, que pretendem assegurar um acesso universal ao diagnóstico da infecção, além de proporcionarem informação e aconselhamento.

Ana Jorge fez estas revelações no Dia Mundial da Sida, durante uma sessão promovida pela Associação de Jovens Promotores da Amadora Saudável, que desenvolve há 10 anos o projecto «Viver com o VIH», actualmente financiado pelo programa ADIS/SIDA, do Ministério da Saúde.

Na sua intervenção, a ministra anunciou igualmente que os cheques-dentista do SNS, no âmbito do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, vão alargar-se aos doentes infectados pelo VIH.

Outra medida revelada por Ana Jorge prende-se com o lançamento de centros de terapêutica combinada, abrangendo os diferentes programas para infectados com o vírus que, em simultâneo, são utilizadores de drogas em substituição opiácea.

O Ministério da Saúde perspectiva, por outro lado, que os bancos de leite a criar nos hospitais públicos assegurem o leite de forma gratuita às mães portadoras da infecção pelo VIH.

«O fornecimento contínuo da fórmula láctea deverá ser também assegurado gratuitamente, no mínimo por 12 meses, pelas farmácias hospitalares, através de prescrição médica», acrescentou Ana Jorge.

O pacote revelado pela titular da pasta da Saúde inclui a abertura de um concurso específico para projectos de investigação em infecção VIH/Sida, com um orçamento de um milhão de euros.

Desde 1983, a infecção atingiu já mais de 33 mil portugueses

 

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